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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Importância da Pecuária no Brasil


Importância da Pecuária no BrasilNo decorrer de sua expansão geográfica, a pecuária desempenhou importante papel no processo de povoamento do território brasileiro, sobre tudo nas regiões Nordeste (sertão) e Centro - Oeste, mas também no sul do país (Campanha Gaúcha).

O Rebanho Bovino
O gado bovino representa a principal criação do país, e apresenta como características:
O rebanho brasileiro é na maior parte de baixa qualidade, e portanto de baixo valor econômico;
A relação bovino/habitante no Brasil é muito baixa quando comparado à países Argentina, Austrália e Uruguai.
A idade  média do gado para abate no Brasil é de 4 anos, muito elevada em relação a países como Argentina, E.U.A e Inglaterra (cerca de 2 anos)
O peso médio também é muito baixo ainda, 230 a 240 quilos, contra mais de 600 quilos na Argentina, E.U.A e Inglaterra.
Como conseqüência dos fatores idade e peso, ocorre que a taxa de desfrute (percentual do rebanho abatido anualmente) no Brasil é muito baixa, cerca de 15% a 20% contra 30% da média mundial e 40% dos E.U.A
A pecuária brasileira é caracterizada pelo baixo valor econômico e pelo mau aproveitamento do potencial do rebanho, resultantes principalmente de deficiências tecnológicas tais como:
Zootécnicas: falta de aprimoramento racial;
Alimentos: deficiência das pastagens (a maior parte é natural) e de rações complementares;
Sanitário: elevada incidência de doenças infecto-contagiosas e precária inspeção sanitária.

Principais áreas de Criação
Região Sudesteè Possui o 2º maior rebanho bovino do país distribuídos em M.G., S.P., R.J. e E.S.
Nesta região predomina a raça zebu (Nelore, Gir, Guzerá), aparecendo raças européias e mistas, destinadas tanto ao corte como a produção de leite. As principais áreas de gado de corte são:
SP: Alta Sorocabana (Presidente Prudente) e Alta Nordeste (Araçatuba);
MG: Triângulo Mineiro e Centro - Norte do estado (Monte Claros);
ES: Norte do estado (bacia do rio S. Mateus)

As principais áreas de gado leiteiro estão em:
SP: Vale do Paraíba, encosta da Mantiqueira (S. João da Boa Vista, S. José do Rio Pardo e Mococa) e região de Araras Araraquara;
MG: Zona da Mata, região de Belo Horizonte e Sul do estado
RJ: Vale do Paraíba e norte do estado
ES: Sul do estado (cachoeirinha de itapemirim)

OBS.: A região Sudeste possui a maior bacia leiteira e a maior concentração industrial de laticínios no país, abastecendo os maiores mercados consumidores, representados por S.P., R.J. e B.H.

Região Sulè possui o 3º maior rebanho distribuído pelo R.S., P.R. e S.C.
Esta região destaca-se por possuir o rebanho que além de numeroso, é o de melhor qualidade no Brasil. O rebanho é constituído por raças européias (Hereford, Devon, Shorthorn) e conta com técnicas aprimoradas de criação e condições naturais favoráveis, como: relevo suave, pasto de melhor qualidade, clima subtropical com temperaturas mais baixas e chuvas regulares.
No Sul prevalece a pecuária de corte. A principal área de criação é a Campanha Gaúcha , onde se localizam a maior parte do rebanho e importantes frigoríficos, tais como Anglo (Pelotas), Swift (Rosário). A pecuária nesta região destina-se principalmente à obtenção de carne, couro e charque para atender ao mercado interno e externo. A pecuária leiteira é menos importante, aparecendo principalmente nas áreas:
RS: porção norte - nordeste , abrangendo Vacuria, Lagoa Vermelha e Vale do Jacuí;
SC: regiões de lagoas e Vale do Itajaí
PR: porção leste do estado, abrangendo as regiões de Curitiba, Castro e Ponta Grossa.
Além da pecuária bovina, a região Sul possui os maiores rebanhos nacionais de ovinos, concentrados principalmente na Campanha Gaúcha ( Uruguaiana, Alegrete, Santana do Livramento e Bagé) e de suínos, que aparecem no norte - nordeste de R.S. (Santana Rosa e Erexim), sudoeste do Paraná e no oeste catarinense ( concórdia e Chapecó), onde se localizam os principais frigoríficos como a Sadia.

Região Centro - Oeste
Possui o maior rebanho bovino do país, distribuídos por G.O., M.S., M.T. e D.F.
A pecuária do C.O. é predominantemente extensiva de corte e destinada, na maior parte, ao abastecimento de mercado paulista. Apesar de estar disseminada por toda a região, abrangendo tanto as áreas  de cerrado como o pantanal, as maiores densidades de gado aparecem no sudoeste de M.T. (Chapada dos Parecia) e centro - leste (vales dos rios Cristalino e das Mortes), sudeste de G.O. e maior parte de M.S. (pantanal e centro - sul)
A maio parte do C.O., oferece boas possibilidades de expansão pecuária porque  sua posição geográfica é favorável, é muito exterior, tem abundância de pastagens naturais, boa pluviosidade no verão, os preços das terras são mais acessíveis em relação aos do Sudeste e Sul e é próxima do maior centro consumidor do país. Na verdade a quantidade de cabeças vem crescendo, porém a qualidade deixa muito a desejar.
A pecuária leiteira é pouco significativa ainda; aparecendo principalmente na Porção Sudeste de Goiás (Vale do Paraíba), que abastece as regiões de Goiânia e D.F.

Região Nordeste
Possui o 4º maior rebanho bovino do país , concentrado principalmente em: B.A., M.A., C.E., P.E. e P.I.
A pecuária bovina do nordeste é predominantemente extensiva de corte. Apesar de estar difundida por toda a região, a principal área pecuarista é o Sertão.
A pecuária leiteira ocupa posição secundária e está mais concentrada no Agreste, onde se destacam duas bacias leiteiras, a bacia do Recife (Pesqueira, Cachoeirinha, Alogoinhas e Guranhum) e a de Batalha em Alagoas
A produtividade do rebanho nordestino é das mais baixas do país, tanto em carne como em leite.

Região Norte
Possui o menor rebanho bovino do país, concentrado principalmente no estado do Pará. Apesar de ser o menor, foi o que mais cresceu no último decênio.
Nesta região predomina a pecuária extensiva de corte, e as áreas tradicionais de criação correspondem aos campos naturais do:
Pará: Campos de Marajó, médio e baixo Amazonas.
Amazonas: médio Amazonas e as regiões dos rios Negro e Solimões
Acre: Alto Peirus e alto Jureiá
Amapá: Litoral
Rondônia: Vale do rio madeira
Nas ultimas décadas a expansão pecuária na região Norte tem sido muito grande, mesmo a custa de desmatamento indiscriminado, invasão de terras indígenas e restrição das áreas de lavoura. Essas áreas de expansão estão principalmente no leste e sudeste do Pará (Paragominas, Conceição do Araguaia), Amazonas, Rondônia e Acre.
A pecuária leiteira é muito restrita e aparece nas proximidades das capitais Belém, Manaus e etc. Esta região conta com o maior rebanho de búfalos do país, concentrados principalmente na ilha de Marajó (P.A.).


sábado, 6 de novembro de 2010

Pecuaria



Denominação: Pecuária é a arte ou o conjunto de processos técnicos usados na domesticação e criação de animais com objetivos econômicos, feita no campo. Assim, a pecuária é uma parte específica da agropecuária. Pecus quer dizer "cabeça de gado". A palavra tem a mesma raiz latina de "pecúnia" (moeda, dinheiro). Na antiga Roma, os animais criados para abate também eram usados como reserva de valor.
A criação de gado é uma das mais velhas profissões conhecidas. A pecuária é mencionada na Bíblia como a primeira tarefa dada por Deus a Adão: nomear e cuidar do Jardim do Éden e dos animais (Gênesis). Muito anterior à agricultura, deriva de aperfeiçoamentos da atividade dos caçadores-coletores, que já existiam há cerca de 100.000 anos e que primeiro aprenderam a aprisionar os animais vivos para posterior abate; depois perceberam a possibilidade de administrar a sua reprodução. Nos primeiros estágios da pecuária, o homem continuava nômade, e na maioria das vezes conduzia seus rebanhos domesticados em suas perambulações, já não procurando a caça, mas sim novas pastagens para alimentar o rebanho. Há evidência da prática da agricultura somente a partir de 8000 a.C., mas seus efeitos foram drásticos sobre a pecuária, já que a agricultura fixou o homem no lugar do plantio, e portanto novas soluções para a pecuária tiveram de ser implementadas.
A ciência da criação de animais chama-se Zootecnia e é ensinada em muitas universidades e faculdades, principalmente em áreas rurais.
Historicamente, certas sub-profissões dentro do campo da Zootecnia são especificamente nomeadas de acordo com o animal de que tratam. Um suinocultor é uma pessoa que cria porcos, um ovinocultor cria ovelhas, um bovinocultor cria bois, um caprinocultor cria cabras. Em muitas partes do mundo é comum ter-se rebanhos constituídos de ovinos e caprinos. Neste caso a pessoa é chamada de pastor.

Pecuária no Brasil

exemplo de Peduaria



No Brasil, os pioneiros da pecuária foram os senhores da Casa da Torre de Garcia d’Ávila, utilizando como vaqueiros, muitas vezes, mão-de-obra indígena. Entretanto, com uma grande seca no Nordeste e a descoberta de minerais preciosos em Minas Gerais no final do século XVIII, o pólo pecuarista no Brasil transferiu-se para as regiões Sudeste e Sul, mais especificamente São Paulo e Rio Grande do Sul.
Atualmente a produção pecuária de bovinos é partilhada principalmente pelo Centro-Oeste, Sudeste e Sul, cabendo ao Nordeste o predomínio sobre as criações de caprinos e muares. Os ovinos se concentram no Sul, assim como os suínos e aves, no Sudeste e no Sul. Desde o início do século XX, no entanto, o principal centro pecuarista do Brasil é o estado de Mato Grosso do Sul, o maior exportador de carne bovina do planeta. Quanto à distribuição da produção agropastoril pelo território nacional, as regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte dela, embora o Centro-Oeste esteja experimentando uma participação mais expressiva, no decorrer dos últimos anos. Também o Nordeste necessita ser lembrado, pois a região conta com aquilo que se convencionou chamar de 'ilhas de modernidade".
A presença do mercado consumidor do Centro-Sul é o mais importante fator que justifica a maior concentração da atividade criatória na região, onde um número significativo de laticínios e frigoríficos absorve o principal da produção.
A produção agrícola de caráter capitalista, com emprego da mão-de-obra assalariada, expansão de pessoal na área administrativa e incorporação do progresso tecnológico, tais como os da biotecnologia, distribui-se e expande-se pelo território segundo diversos estímulos. De um lado, existe a influência do Estado, mediante a criação de políticas voltadas para a implantação de pólos de desenvolvimento agrícola em áreas específicas do território brasileiro. Para estas áreas, são criadas linhas de crédito especiais e oferecidas assistência técnica, infra-estrutura de transporte, energia, comunicação, entre outras. São produzidas, com isso, verdadeiras ilhas de modernidade em meio a regiões de relativo atraso econômico e de precariedade social.
Com a Lei nº 11.716, de 20 de junho de 2008 foi instituído o Dia Nacional do Pecuarista, a ser comemorado anualmente no dia 15 de julho.